domingo, 6 de junho de 2010

...a meio caminho...



José e Josefa conhecem-se desde sempre na sua aldeia natal.
Crescem juntos.
A meio desse caminho há uma distância que os afasta: entre o partir e o chegar de Josefa, José fica.
Nas rotinas dos seus dias, ambos esperam os reencontros.

Josefa, agora num espaço marcado por um frenesim e por um excesso que aceleram, até, os ponteiros do relógio, acaba por moldar-se a um ritmo impresso por novos sons, cores, cheiros e olhares, gerando rotinas que tornam cada vez mais longínquo aquele percurso, até um dia, comum e que permanecerá, apenas, inscrito nos seus corpos, nos seus lugares... como se os encontros tivessem criado raízes nas pedras do rio ou se tivessem semeado lembranças nas terras férteis dos campos.

Invocações de um tempo passado que se constrói enquanto jogo visual e sonoro, onde, através do poder da sugestão, se procuram criar as memórias dos ciclos que definem a identidade, inscrevendo-as nos corpos e resgatando-as ao imaginário dos que decidem participar do jogar.



...gostei tanto...
...tão bonito...
...tão em paz ainda que sem happy end...
...talvez, também, por isso, ainda mais em paz...
...visualmente, incrível, colorido, intenso, mágico...
...generoso...
...gracioso...
...delicado...
so cretty

Sem comentários: