"Já não temos começos, diz George Steiner ouvindo os vários sons do fim que formam hoje a voz mais alta da nossa cultura. (...)
Tudo é tarde.
(...)
Assim, só resta dar a esta expedição que nos leva um movimento de procura - aquela que descobre, no fim, o depois de um novo começo, que um dia será um novo fim, que outro dia será um novo começo.
Da grande amurada do mundo, desenrolemos a corda que une os dois crepúsculos, o que anoitece e o que amanhece, e façamos, nietzschenamente, do nosso andar sobre ela e sobre o seu abismo a audácia que dança."
José Manuel dos Santos
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