sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Dizemos
By José Saramago

Dizemos aos confusos, Conhece-te a ti mesmo, como se conhecer-se a si mesmo não fosse a quinta e mais difícil operação das aritméticas humanas, dizemos aos abúlicos, Querer é poder, como se as realidades bestiais do mundo não se divertissem a inverter todos os dias a posição relativa dos verbos, dizemos aos indecisos, Começar pelo princípio, como se esse princípio fosse a ponta sempre visível de um fio mal enrolado que bastasse puxar e ir puxando até chegarmos à outra ponta, a do fim, e como se, entre a primeira e a segunda, tivéssemos tido nas mãos uma linha lisa e contínua em que não havia sido preciso desfazer nós nem desenredar emanharados, coisa impossível de acontecer na vida dos novelos, e, se uma outra frase de efeito é permitida, nos novelos da vida.


assim não vale...quando palavras nos fazem sentir o que jamais seremos capazes de revelar por ser tão sentido e, assim, sem querer nos deslindar...
além do que também sentimos e concretizamos no sentimento de inveja por não sermos tão hábeis a mexer com as palavras...

...copiado, apenas e simplesmente...

palavras que Alguém tão magistralmente pôde colocar na exacta sucessão que me emocionou...
so cretty

1 comentário:

mimika disse...

Eu gosto de coisas NORMAIS...tipo cafés, escolas, entre outras...

Também gosto muito de pessoas NORMAIS, daqueles que choram, gargalham, riem ou simplesmente sorriem...das que muitas vezes estão felizes e outras tantas tristes...e gosto mais ainda daquelas que, abarcando tudo isto, me cativam e são especiais como tu.

Não espero que os nossos encontros sejam sempre extremamente felizes e falemos só de coisas supé fantásticas, isso seria estranho, porque isso não é a VIDA, a nossa vida.

Gosto de ti assim, tal e qual como és. Gosto de estar contigo, mesmo naqueles dias mais cinzentos...se calhar é mesmo nesses dias que vejo o quão bonita és!

Beijinhos normais de uma pessoa mais ou menos normal.