quinta-feira, 30 de abril de 2009

...caro leitor...


Leitor, sabe que um destino interessante (às vezes com ratazanas, todas aquelas outras vezes não) aguarda todos, ratos ou homens, que não se conformam.


Mas, leitor, não há consolo na palavra "adeus", mesmo que o digamos em francês.
"Adeus" é uma palavra que estã cheia de tristeza, em qualquer língua.
É uma palavra que não promete absolutamente nada.



Leitor, existem corações que nunca mais se consertam depois de terem sido partidos. Ou, se o conseguem, curam-se de uma forma retorcida e imperfeita,
como se cosidos por um artesão descuidado.

Leitor, queres saber como tudo se desenrolará?
A história não é bonita. Há violência nela. E crueldade.
Mas as histórias que não são bonitas também têm um determinado valor, suponho. ;)


Como a maioria dos corações, era complicado,
estava assombrado pela escuridão e salpicado de luz.


O amor, como já falámos, é uma coisa poderosa, maravilhosa e ridícula, capaz de mover montanhas. E carrinhos de linhas. ;)


Mas, enfim, ele não pertencia completamente a nenhum dos sítios,
como é o infeliz destino daqueles cujos corações se partem
e, depois se curam de forma errada.
A Lenda de Desperaux
tão ternurento, simpático, surpreendente...amoroso...espero que a J. também goste...


sábado, 25 de abril de 2009

...a little person...




...angustiante...
...revelador...
...vai permanecer...

so cretty

...fireworks...


...para além de comemorações politico-sociais e usufruíndo do meu EGOísmo...
...e por mais possidónio que possa parecer e, até, admito que seja...

...hei-de sempre emocionar-me com o fogo de artifício...


so cretty

sexta-feira, 24 de abril de 2009

...hehe...


...e depois deixei-me rir p'ra dentro da chávena de café...



lol


adorei...tem direitos de autor mas suponho que o L. não me venha cobrar as devidas taxas... ;)

domingo, 19 de abril de 2009

...instante...


"(...) congeladas na combustão de um instante que era muito tempo

e que não era mais do que um instante."


J.L.Peixoto "Nenhum Olhar"

sábado, 18 de abril de 2009

...desejo...


"O meu único desejo é conversar.

Conversar com alguém que ainda sabe sorrir."


José Manuel Saraiva

... (a) provar...


...fantástico...

...como sempre há quem aproveite e há quem não aproveite...
...há quem pretenda estar, ver, ouvir, saborear e levar um pouco consigo e quem não aproveite...
but that's irrelevant...


eu adorei!


...aromas, sabores, cor, touriga-nacional, remoage e degorgement, muselet, rufete, copos, castas tintas e vinhos brancos, rótulos, espumante, aglomerado, marisa e ombros...

...provar e aprovar e conseguir apreender qualquer coisa além do imediato, do palpável...

...é talvez este sentir mais além que me envolve...ou não...

algumas conclusões
1. sem dúvida os brancos não são a minha eleição;
2. as pessoas surpreendem;
3. adoro aprender sobre e adquirir o jargão;
4. ouvir falar do que se gosta é altamente enriquecedor;
5. ouvir alguém falar do que gosta é impressionante...

...se fizesse a descrição usando o que aprendi diria que tem é feito de aromas intensos, variados e agradáveis e com um final prolongado...


so cretty




terça-feira, 14 de abril de 2009

... ...


"sobre aquilo que não se pode falar, deve calar-se"
wittgenstein



just...

segunda-feira, 13 de abril de 2009

...quotas...


...eu que sou muito adversa a passar textos para o computador, tarefa que considero absolutamente entediante...vejo-me, agora, impelida a transcrever este texto...porque me parece muito esclarecedor, embora tenha a certeza que não o será para todos quantos o lerem...ainda assim, vou mesmo fazer minhas as palavras de Inês Pedrosa, na revista Única desta semana...10/04/2009



"As Inteligentes e as outras...

Onde se explica que as quotas não afectam o QI das mulheres



Na minha inocência, ocorria-me em certas dias duvidar da necessidade das quotas como acelerador da democracia. Ponderava: e se as mulheres eleitas por quotas são menos respeitadas por isso mesmo?


Esta simpática ponderação passou-me por completo há dias, quando vi na televisão um debate trágico sobre este assunto. Em cena, dois homens e duas mulheres. Uma delas, que supostamente moderava, interrompia bruscamente a outra, defensora das quotas, enquanto dava todo o tempo do mundo ao homem que vociferava, por cima da voz da sua opositora, clamando que nenhuma mulher inteligente "lá em casa" aceitaria ser eleita por quotas.

Ora, quando um opinador televisivo se põe a sentenciar sobre o que o pessoal "lá em casa" deve ou não deve pensar eu fico muito enervada - precisamente por estar em casa, e a ouvir prepotências demagógicas.

No caso vertente, perguntei ao fulano: "Quem és tu, Brutus para me dizer que sou estúpida só porque não penso como tu?" O problema é que o dito cujo não me ouvia, e quando a mulher queria explicar-lhe porque é que as quotas são necessárias ele berrava por cima dela, perante o olhar cúmplice da moderadora (que visivelmente não queria ser tomada por uma dessas burras que precisam das quotas) e a complacência do segundo homem, que ia atirando umas larachas sobre a percentagem das "senhoras" na população portuguesa, para manter a fogueira acesa.


Pior do que a presunção sobre o QI das pessoas "lá em casa", só mesmo a vénia irónica sobre os méritos das "senhoras".


Fechei a televisão. Demasiado tarde - já estava deprimida por náo ter nascido no século XXV, com estas conversas parvas transformadas em património histórico.


Recordemos. Até à Constituição de 1976, a lei portuguesa instituía, claramente quotas de cem por cento para os homens. Estava escrito (parágrafo 2 do artigo 6º da Constituição de 1933, após a revisão de 1971): "A igualdade perante a lei envolve o direito de ser provido nos cargos públicos, conforme a capacidade ou serviços prestados, e a negação de qualquer privilégio de nascimento, raça, sexo, religião, ou condição social, salvas, quanto ao sexo, as diferenças de tratamento justificadas pela natureza e, quanto aos encargos ou vantagens dos cidadãos, as impostas pela diversidade das circunstâncias ou pela natureza das coisas."


Não havia fuga possível: antes do 25 de Abril, até para sair do país as mulheres tinham de ter autorização dos maridos. Trinta e cinco anos depois, quantas mulheres representam politicamente este país maioritariamente constituído por mulheres? Uma vergonhosa miniminoria. "Porque não querem, não estão interessadas" - respondem os homens mais timoratos e meia dúzia de mulheres urbanas priveligiadas, aflitas com a eventualidade de virem a ser consideradas menos maravilhosas com a chegada de uma suposta massa indistinta de mulheres por quotas.


Observemos a situação a partir do ponto de vista neutral de um ET sensato (e devidamente assexuado): não é estranho que nunca ninguém se tenha preocupado com a proliferação de homens incompetentes, postos na Assembleia meramente para cumprir a quota e fazer vénias aos chefes?

Há momentos inesquecíveis.

Vá lá saber-se porquê, a mim deu-me para não esquecer aquele momento em que, num congresso do PS, um socialista esbracejava contra as quotas, aventando, catastrófico, que António Guterres e António Vitorino podiam não ter vingado se esse sistema já estivesse instituído.


É caso para pensar: seriam as mulheres capazes de tanto? Teriam sido as hipotéticas Antónias substitutas destas duas belas cabeças tão assustadoramente brilhantes? O que valeu à carreira destes ilustres homens foi, então, o facto de a generalidade do mulherio não estar interessado na política?


Mas não basta escrever uma lei para mudar a sociedade. Que "interesse" pode desenvolver pela participação social uma mulher que trabalhe o dia inteiro numa empresa (com um salário geralmente inferior ao do homem que trabalha ao seu lado), e que tenha ainda a lida da casa e as crianças a seu cargo num segundo turno de trabalho doméstico? Caso ela desenvolva, mesmo assim, esse "interesse", que receptividade encontrará no marido e na comunidade?


A situação real é esta: a auto-regulação não funciona.


Há que instituir uma habitualidade das mulheres na política - não porque tenham que ser "melhores" ou inventar uma "maneira outra" de fazer política.


Apenas porque é justo. Mais nada."



uff...detesto mesmo copiar...mas valeu a pena...


so cretty

sábado, 11 de abril de 2009

...the closest thing...




... and one day, today, this melody came to me...again...in several ways... and, yes, i must admit that that was the closest thing to crazy that i've ever been... but, it's there, there in the past...(ok, somedays it was able to take my bread away, to make my heart beat in slow motion)...but is just for the moment... and, since then...i was never crazy again...and, i just don' want to...i don't want to..is it acceptable? may i? is it normal?

i simply don't know what else to say, think or feel...
this is how i'm thinking and feeling today, these days..

i don't wnat bo be closest to crazy...

so cretty

quinta-feira, 9 de abril de 2009

..speechless...


O meu passado é tudo quanto não consegui ser. Nem as sensações de momentos idos me são saudosas: o que se sente exige o momento; passado este, há um virar de página e a história continua, mas não o texto.

Fernando Pessoa

terça-feira, 7 de abril de 2009

...persepolis...



...adorei...
agora fica o excerto...depois as palavras...

sábado, 4 de abril de 2009

...hoppipolla...

é por isto que eu adoro o outro...porque sempre me traz alguma coisa de novo, porque sempre me obriga a reorganizar...a acomodar dentro daquilo que sou aquilo que me oferece...aquilo que me aparece...aquilo que me transforma a cada dia, a cada momento...

...a cada novo que se fixa em mim...

(depois de horas seguidas a ouvir, sentir, acomodar e aconchegar esta vídeo no meu íntimo...thank you J.D.!)

...não fosse sem sentido...


...não fosse completamente ausente de sentido repetiria o poema de Álvaro de Campos que está lá mais abaixo...porque hoje talvez fizesse mais sentido...


...mas, não fará sentido todos estes dias, dias de cansaço que se repete???


....dias de horas que parecem improdutivas embora sejam plenas...

....dias que deveriam ser semanas...

.....dias que são, apenas, dias...

......dias que embora diferentes não são "os dias"...

.......dias que queria mais...

........dias que jamais quereria repetir...

..........dias que são surpreendentes...

...........dias que trazem mais uma certeza do que não existe...

............dias que têm vinte e quatro horas...

.............dias que nos ceifam...

..............dias que nos aumentam...

...............dias que nos fazem sentir atomizados...

................dias em que o sentir se torna o ser...

.................dias em que ser não é sequer possível em sintonia com o sentir...

..................dias em que apenas a repetição parece ser capaz de trazer alguma estabilidade...


....e, que fica?


apenas, e não mais do que o cansaço...


so cretty